Revista Theoria – Edição 20


A FELICIDADE NO TRATADO 46 DE PLOTINO

Ao nos concentrarmos nas reflexões éticas de Plotino, tomamos contato com toda uma tradição
anterior a ele. Desde Platão até os estoicos, Plotino os retoma e procurar ir além do que eles disseram, compondo vários tratado. Um deles é o Tratado 46, Sobre a Felicidade, por meio do qual ele leva a ver que, mesmo que tenhamos nos tornado sábios, seremos afetados pelos males, ainda que não de todo, e mesmo assim continuaremos a ser felizes. Por isso, devemos conviver com os males. Mas essa convivência, que para o sábio não é aterrorizante como o é para as outras pessoas, só é possível se praticarmos as virtudes.Os prazeres, por sua vez, não acrescentam nem diminuem coisa alguma na posse da vida feliz, mas são como que resultados desta. Portanto, podem ser desfrutados também, mas podem ser deixados de lado quando necessário, dado que o prazer do sábio não se encontra nos bens primários ou não, mas sim na serenidade que se encontra em seu interior. Assim, o sábio desfruta da felicidade tanto no âmbito sensível quanto do inteligível.

Palavras-chave: Felicidade. Sábio. Vida. Prazeres.

Edvaldo Ribeiro de Souza
Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo; neuropsicopedagogo institucional;
e-mail: edvaldosouza1283@gmail.com.

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A PAZ NO LIVRO XIX DA OBRA AGOSTINIANA A CIDADE DE DEUS

Agostinho é um dos poucos pensadores do mundo tardo-antigo a oferecer uma reflexão profunda e densa sobre a paz. O presente estudo pretende descobrir qual é a concepção que o bispo de Hipona tem sobre esse bem. Para atingir esse objetivo, toma-se como objeto material o livro XIX da obra A Cidade de Deus, considerado por muitos estudiosos como um verdadeiro hino em favor da paz. Na visão de Agostinho, a paz é uma aspiração de todo ser humano, de todo povo, de todo ser. Ela consiste na tranquillitas ordinis. A ordem é aquela disposição que garante às coisas diferentes e às coisas iguais o lugar que lhes corresponde. Com isso, Agostinho postula uma verdadeira escala da paz: a do corpo é a ordem harmoniosa de suas partes; a da alma irracional é a ordenada quietude de suas apetências; a paz doméstica é a concórdia no bem, que se cumpre no mandar e no obedecer dos que vivem juntos; a paz de uma cidade é a concórdia bem ordenada no governo e na obediência de seus cidadãos; a paz do homem com Deus é a obediência bem ordenada segundo a fé sob a lei eterna. Ao definir a paz como tranquillitas ordinis, Agostinho revela uma noção que inspira e domina o seu pensamento moral. Existe um universo hierarquicamente construído, composto de naturezas que se estendem do mais baixo nível de ser corpóreo até ao ápice da criação. Neste horizonte, o homem ocupa um lugar único e singular. A vida moral, neste caso, consiste numa vida bem ordenada, numa escolha correta dos bens criados por Deus. A preservação dessa ordem da paz na sociedade humana depende da obediência às seguintes normas: primeiro não fazer mal a ninguém; segundo, socorrer a todos os que padecem necessidade.

Palavras-chave: Agostinho. Deus. Paz. Tranquilidade. Ordem.

Adriano São João
Doutor em Teologia pela PontificiaUniversità Gregoriana (Roma-Itália); mestre e doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; docente na Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG);
e-mail: asaojoao@yahoo.com.br.

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A PROBLEMÁTICA DO MAL EM AGOSTINHO DE HIPONA

Neste artigo, por meio da pesquisa bibliográfica qualitativa, estuda-se a concepção acerca do problema do mal exposta por Agostinho, que, partindo do maniqueísmo e neoplatonismo, cria um sistema teológicofilosófico que salvaguarda a bondade de Deus e responsabiliza o homem pela existência do mal ante o seu mau uso do livre-arbítrio.A tese agostiniana apresenta o mal como privação do ser e desordem moral

Palavras-chave: Agostinho de Hipona.Deus. Mal. Moral.

Diogo Donizete Carvalho
Bacharel em Filosofia pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG); docente na Rede Estadual de Minas
Gerais; e-mail: diogo.d.carvalho@hotmail.com.

Giovanni Marques Santos
Doutorando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PR);mestre em Teoria e História
Literária pela Universidade Estadual de Campinas (SP); professor adjunto da Faculdade Católica de Pouso
Alegre (MG).

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ALTERIDADE E RESPONSABILIDADE ÉTICA: Uma análise filosófica sobre a negação do outro segundo Enrique Dussel e Hannah Arendt

Objetiva-se, neste artigo, discutir a relação entre o ego cartesiano, a negação do outro e as consequências desses processos, particularmente no século XX, dialogando com a filosofia de Enrique Dussel e de Hannah Arendt.É imperioso refletir o surgimento do pensamento de exclusão do Outro e o fechamento do sujeito em si mesmo, desse modo, os contextos da Segunda Guerra Mundial, apresentam-se oportunos para compreender a negação do Outro. Reflete também o papel da linguagem, da propaganda e da ideologia durante regimes totalitários, como o nazismo, onde tais instrumentos foram utilizados para propagar ideias racistas e justificar a exclusão e perseguição a grupos específicos. A falta de escuta e o não reconhecimento do outro levam à exclusão, preterindo a importância de estabelecer uma verdadeira relação de empatia. A análise enfatiza a necessidade de reconhecer a condição humana do próximo, transcender preconceitos e estereótipos e promover uma compreensão mais profunda e respeitosa do Outro.

Palavras-chave: Alteridade. Negação. Outro.

Antônio Gilberto Balbino
Doutor em Educação pela Universidade São Francisco (SP); docente na Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG);
e-mail: agbalbino1313@gmail.com.

Luiz Paulo Reis Lopes
Bacharel em Filosofia pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG); e-mail: lopes.lp@protonmail.com.

Samuel Medeiros Silva
Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano (SP); e-mail: samuel.meedeeiros@gmail.com.

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LA SOCIEDAD, EL HOMBRE Y EL CAMINO: Miradas hacia un nuevo humanismo desde el pensamiento de Byung-Chul Han

Desde el tema acerca de la polisemia del “cansancio” en el pensamiento de Han, se profundiza elementos filosóficos con miras a propuestas acerca de un nuevo humanismo, que necesita considerar los dolores y las posibilidades existenciales del hombre actual. Con esto, se trata de verificar la hipótesis de que Han, al caracterizar la sociedad del siglo XXI y el cansancio del hombre, presenta, desde su comprensión de vita contemplativa, elementos para un nuevo humanismo. Para probar esta hipótesis, se proponen tres miradas: la sociedad, el hombre y el camino. La mirada a la sociedad será un paso introductorio para presentar Han y su reflexión acerca de las problemáticas de la sociedad capitalista occidental y neoliberal contemporánea. Luego, la mirada al hombre expondrá el tema del cansancio considerado por el coreano, para verificarlo como dolor y posibilidad existencial. Al final, la mirada al camino será una caracterización acerca de lo que es posible hacer hoy, desde las condiciones y límites de la sociedad y del hombre destacados en las miradas anteriores, para apuntar algunas propuestas hacia un nuevo humanismo.

Palavras-chave: Cansancio. Humanismo. Byung-Chul Han.

Thiago de Oliveira Raymundo
Doutorando em Filosofia pelaPontificiaUniversidad Católica Argentina (UCA); mestre em Desenvolvimento,Tecnologias e Sociedade pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
e-mails: thiraymundo@hotmail.com; thiagoraymundo@uca.edu.ar.

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“NOSOTROS ESTAMOS” Y CANSANCIO: Aproximaciones entre Juan Carlos Scannone y Byung-Chul Han

Si bien son desarrollos filosóficos epistemológicamente distintos, parece haber posibilidades de proximidad entre la reflexión de Byung-Chul Han sobre el cansancio (Müdigkeit) y el pensar latinoamericano de Juan Carlos Scannone, específicamente en sus ideas sobre el “nosotros estamos”. Así, para comprobar esta hipótesis, se seguirán los siguientes pasos: la descripción del pensamiento de Scannone sobre el punto de partida de la filosofía latinoamericana, con énfasis en el “nosotros estamos”; la explicación de las consideraciones de Han sobre el cansancio y las alternativas para salir de esta condición y la presentación de posibles aproximaciones entre el pensamiento de los dos filósofos. Como este ejercicio se desarrolla en un campo filosófico-teológico, al final se propondrán posibilidades pastorales hacia al “nosotros estamos” y la “sociedad del cansancio”, para señalar una perspectiva de acción pastoral desde este diálogo filosófico.

Palavras-chave: Cansancio. Byung-Chul Han. Nosotros estamos. Juan Carlos Scannone.

Thiago de Oliveira Raymundo
Doutorando em Filosofia pelaPontificiaUniversidad Católica Argentina (UCA); mestre em Desenvolvimento,Tecnologias e Sociedade pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
e-mails: thiraymundo@hotmail.com; thiagoraymundo@uca.edu.ar.

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LA LITERATURA EN LA ERA DE LAS NO-COSAS A PARTIR DE HERNÁN VANOLI Y BYUNG-CHUL HAN

La cultura del libro contemporánea, influida por las plataformas digitales de extracción de datos y los algoritmos, pasa por transformaciones. Sobre esto, es importante la reflexión de HérnanVanoli, que intenta comprender los modos, condiciones y posibilidades de producción, circulación y recepción de la literatura en tiempos de transformaciones, en una contemporaneidad acelerada y dominada por lógicas algorítmicas de procesamiento de datos. Esta perspectiva parece estar cerca del pensamiento filosófico de Byung-Chul Han, principalmente su reflexión sobre las no-cosas (Undinge) y el cansancio (Müdigkeit). Aunque son pensamientos epistemológicamente diferentes, uno más del campo de la literatura y la sociología y el otro más filosófico, parece haber posibilidades de proximidad entre los dos pensadores. Para probar esta hipótesis de acercamiento, se seguirán los siguientes pasos: la caracterización de la literatura actual, influenciada por las plataformas virtuales de extracción de datos, la lógica algorítmica y la hipercomunicación; la descripción de los rasgos del escritor contemporáneo, considerado bioprofesionalizado y cansado, y la exposición de las posibilidades de la literatura en esta coyuntura actual

Palavras-chave: Literatura. No-cosas. ByungChul Han. HérnanVanoli.

Thiago de Oliveira Raymundo
Doutorando em Filosofia pelaPontificiaUniversidad Católica Argentina (UCA); mestre em Desenvolvimento,Tecnologias e Sociedade pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
e-mails: thiraymundo@hotmail.com; thiagoraymundo@uca.edu.ar.

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ESPIRITUALIDADE CRISTÃ: Fonte de sentido em momentos de crise

Na pós-modernidade vive-se a era de tecnologias avançadas, da globalização e do consumo em massa. A sociedade é marcada por novos comportamentos, baseados em valores hedonistas e individualistas, e por relacionamentos sem profundidade. O homem pós-moderno se voltou para seus desejos e caprichos, e se tornou indiferente às questões espirituais. Mas a busca pela satisfação dos desejos não trouxe a felicidade, mas sim, o vazio existencial, o tédio, a angústia e a depressão. O buraco que se formou foi a “saudade de Deus”, resultando em uma busca contemporânea por algo espiritual. Destaca-se pela explosão religiosa que se manifestou através da multiplicação de variadas e novas denominações religiosas.E, principalmente, nos momentos de crise, de dor e sofrimento que o“eu espiritual”, dimensão intrínseca à constituição humana, é chamado a emergir e buscar os valores que realmente valem a pena. Faz-se necessário que o ser humano vá além de si e veja no “outro” a possibilidade de encontrar sentidos autênticos de valores. A espiritualidade é o canal para que isto aconteça, e ela produz sentimentos positivos de alegria, entusiasmo e vontade de viver. Na espiritualidade cristã firma-se a fé na pessoa de Jesus Cristo que, de forma humanizadora, abre as portas do coração do homem para Deus e para o outro, e isto resulta no sentido da vida

Palavras-chave: Pós-modernidade. Crise. Sentido. Transcendência. Espiritualidade.

Edna Maria de Lima Silveira
Especialista em Psicologia e Espiritualidade pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG); especialista em Educação Especial Inclusiva pelo Centro Universitário Faveni;
e-mail: ednalimasilveira@gmail.com.

Vanildo de Paiva
Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas; docente na Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG);
e-mail: vanildopaiva@hotmail.com.

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CONTRIBUIÇÃO DA PSICOTERAPIA EMDR NA FORMAÇÃO PRESBITERAL

O presente trabalho busca analisar as contribuições da psicoterapia EMDR na Formação Presbiteral. Para isso, será apresentada uma visão panorâmica desse processo, considerando a realidade da sociedade contemporânea, a partir da ótica de Zygmunt Bauman. Posto isso, o EMDR será contextualizado enquanto prática psicoterapêutica que foi criada pela psicóloga e educadora norte-americana Francine Shapiro, que percebeu a eficácia dos movimentos oculares no reprocessamento de traumas. Tendo como base que os jovens que ingressam no seminário podem carregar experiências traumáticas do passado ou podem adquiri-las no decorrer do processo formativo, serão apresentados meios para a aplicação dessa psicoterapia no seminário. Como instrumento metodológico, esta pesquisa se fundamenta na revisão-bibliográfica de fontes que corroboram para o aprofundamento da temática pesquisada.

Palavras-chave: Psicologia. Seminário. Maturidade. Saúde Mental.

Fabiano Maurício Dantas
Mestre em Teologia Bíblica pela Pontificia Università Gregoriana (Roma-Itália); presbítero da Diocese de Caicó (RN);
e-mail: pefabiano@gmail.com.

Gilma Chaves da Silva Tavares
Especialista em Saúde Mental, com ênfase em Dependência Química, Família e Comunidade,pela UNIFTC (BA); psicóloga clínica e psicoterapeuta EMDR e Brainspotting;
e-mail: gilmachaves.psi@gmail.com.

Uatos Pires Pereira
Especialista em Teologia Pastoral pela PUC Minas (MG); especialista em Juventude no Mundo Contemporâneo pela FAJE (MG); presbítero da Arquidiocese de Vitória da Conquista (BA);
e-mail: uatos@icloud.com.

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PROJETO “VIVER EM CRISTO”: Uma análise valutativa do subsídio para a catequese de iniciação à vida cristã com adultos da Província Eclesiástica de Pouso Alegre

O presente artigo se põe no horizonte da avaliação de subsídios catequéticos, a partir da análise do itinerário catequético para a iniciação à vida cristã com adultos confeccionado pela Província Eclesiástica de Pouso Alegre (MG). Ressalta-se a importância do momento avaliativo dos materiais catequéticos produzidos como competência constitutiva dos saber catequético. Apresenta-seo subsídio, para, depois, a partir de critérios baseados nos documentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil sobre a catequese, avaliar a qualidade do mesmo. Quer-se dar especial atenção à catequese de iniciação com adultos e ao tema da avaliação de subsídios catequéticos, na certeza de que são temas importantes a considerar no atual momento da catequese brasileira.

Palavras-chave: Catequese com adultos. Iniciação à vida cristã. Pouso Alegre. Itinerário catequético.

Paulo Stippe Schmitt
Mestre e doutorando em Catequética pela Faculdade de Ciências da Educação da Università Pontificia Salesiana (Roma-Itália); presbítero da Arquidiocese de Florianópolis (SC);
e-mail: paulostippe@gmail.com.

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Revista Theoria – Edição 19


UMA APROXIMAÇÃO ENTRE A ACADEMIA DE PLATÃO, O LICEU DE ARISTÓTELES E AS UNIVERSIDADES
AN APPROACH BETWEEN PLATO´S ACADEMY, ARISTOTLE´S LYCEUM AND UNIVERSITIES

Este artigo procura aproximar a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles das universidades. As escolas universitárias têm sido frequentemente designadas de academias. Assim, é realizado um estudo comparativo entre as referidas instituições para identificar seus principais pontos em comum. Na teoria, é no ensino superior onde se desenvolve o saber mais profundo, complexo e sistemático, e as universidades, a partir da Idade Média, passaram a representar a essência dessa aspiração. A Academia de Atenas, a seu tempo, mais que o Liceu, correspondia a esse esforço ideal de se pensar a realidade com mais rigor. A escola aristotélica, a seu turno, dedicou-se mais ao conhecimento instrucional, empírico e sistematizador, um prenúncio da atual sociedade especializada.

Palavras-chave: Ensino Superior. Academia de Platão. Liceu de Aristóteles. Universidades.

José Alfeu Wermann
Professor Titular da UNIASSELVI. Professor da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul. Graduação em Filosofia – UPF. Especialização em Sociologia Política – UNISINOS.

Fabrício Fonseca Machado
Graduação em Direito – UFPel. Graduação em andamento em Filosofia – UNISUL. Pós-graduação em Docência no Ensino Superior – UNIASSELVI. Pós-Graduação em Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia.

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A MENTE HUMANA E A IMAGINAÇÃO: TRANSPONDO OS LIMITES DO DADO EMPÍRICO
HUMAN MIND AND IMAGINATION: TRANSPOSING THE LIMITS OF EMPIRICAL DATA

O trabalho aborda o processo cognitivo de associação de ideias pela imaginação, com base no empirismo de David Hume, segundo o qual toda ideia provém de impressões sensíveis e é processada a partir de um movimento associativo que se estabelece na mente humana. Cabe, então, indagar como se dá esse processo, com o objetivo de (i) apontar a inversão metodológica exigida pelo empirismo, que, embora derive suas ideias de impressões sensíveis, tem como foco justamente a associação de ideias; (ii) explicar esse processo associativo a partir das faculdades da memória e da imaginação; e (iii) mostrar que a imaginação fomenta a associação de ideias, conferindo-lhe unidade ao conectá-las em ideias complexas. A conclusão para a qual se quer chegar é que a imaginação processa as ideias na mente humana e ultrapassa os limites do dado empírico, imaginando ideias que vão além daquilo que os elementos empíricos fornecem à percepção.

Palavras-chave: Hume; empirismo; natureza humana; ideias; imaginação.

André Luiz Olivier da Silva
Doutor em Filosofia e Professor dos Cursos de Graduação em Direito e Relações Internacionais da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Bacharel em Filosofia e Direito; Advogado e, atualmente, Coordenador do Curso de Graduação em Direito da Unisinos.

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A HISTORIOGRAFIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL, A FORMA TEOCRÁTICA DE GOVERNO E O HUMANISMO DO SÉCULO XIII: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DE WALTER ULLMANN
THE HISTORIOGRAPHY OF MEDIEVAL PHILOSOPHY, THE THEOCRATIC FORM OF GOVERNMENT AND THE 13TH-CENTURY HUMANISM: CONSIDERATIONS FROM WALTER ULLMANN

O artigo seguinte objetiva investigar o retrato do humanismo do século XIII desenvolvido pelo historiador Walter Ullmann. Busca desse modo oferecer uma contribuição ao debate relacionado ao desenvolvimento contemporâneo da historiografia acerca da filosofia medieval. À luz de pesquisas recentes, o artigo revisa os principais argumentos relativos ao humanismo medieval defendidos por Ullmann na conferência The humanistic thesis: The emergence of the citizen.

Palavras-chave: Walter Ullmann; História da filosofia medieval; Humanismo do século XIII.

Philippe Oliveira de Almeida
Doutorando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre e Bacharel em Direito pela mesma instituição. Bacharel em Filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia.

Vinicius de Siqueira
Graduando em Relações Econômicas Internacionais pela Universidade Federal de Minas Gerais.

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A BUSCA DAS IDEIAS ESTRUTURANTES DA BIOLOGIA NA HISTÓRIA DO ESTUDO DOS SERES VIVOS NO SÉCULO XIX
THE SEARCH OF IDEAS STRUCTURING OF BIOLOGY IN THE HISTORY OF THE STUDY OF LIVING BEINGS IN THE NINETEENTH CENTURY

Este artigo tem o objetivo de identificar as ideias estruturantes da Biologia a partir da reconstituição histórica do desenvolvimento do conhecimento sobre os seres vivos no século XIX. Tal reconstituição identificou que o desenvolvimento da Biologia partiu de duas diferentes visões de mundo: a natureza vista como mecanismo (de Descartes e Newton) e a natureza como processo em constante transformação (de Hegel). A primeira subsidiou a prática experimental desenvolvida nos laboratórios, se preocupou com o organismo e foi responsável por grande parte das teorias que constituíram a Biologia. A segunda sustentou as atividades dos naturalistas e se preocupou com as populações e, igualmente, forneceu grande parte das teorias biológicas. A reconstituição histórica permitiu concluir que as ideias estruturantes da Biologia que se originaram das práticas experimentais deram origem a: a teoria celular, a teoria do equilíbrio interno e as leis da herança. Quanto às atividades dos naturalistas, estas forneceram a teoria da seleção natural e a teoria ecológica.

Palavras-chave: Biologia, Fundamentação histórico-teórica, Filosofia da Ciência.

Antonio Fernandes Nascimento Junior
Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e Doutor em Educação para a Ciência pela Faculdade de Ciências, UNESP – Bauru, São Paulo. Professor Adjunto do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras-MG.

Daniele Cristina de Souza
Doutora em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências, UNESP, campus Bauru. Mestre em Ensino de Ciências pela Universidade Estadual de Londrina – PR. Professora Adjunta do Departamento de Educação em Ciências, Matemática e Tecnologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

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A EVIDÊNCIA COMO COGNIÇÃO NATURAL E EDUCÁVEL
THE EVIDENCE AS NATURAL AND EDUCABLE COGNITION

A evidência em sentido primário é a característica do ato perceptivo que colhe de maneira imediata um objeto intencional, produzindo assim uma convicção de verdade. Tal convicção pode-se exprimir em uma proposição dita evidente ou imediata. O conhecimento evidente é um fenômeno cognitivo natural. Algumas cognições evidentes são naturais, ao ponto que ser privado delas pode ser sintoma de uma situação patológica. A maior parte dos nossos conhecimentos evidentes, de qualquer modo, é adquirida. O artigo propõe a educação da capacidade cognitiva das pessoas, orientada a tornar possível uma percepção fácil das coisas óbvias.

Palavras-chave: Percepção, Evidência, Evidências naturais, Cognição imediata.

Juan José Sanguineti
Dottore in Filosofia. Professore Ordinario della Pontificia Università della Santa Croce – Roma.

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AVERRÓIS E A RELIGIÃO DO FILÓSOFO
AVERROES AND THE RELIGION OF THE PHILOSOPHER

O primeiro efeito da introdução do aristotelismo na escolástica cristã foi a clara delimitação dos campos da razão e da fé. A razão é o campo de domínio das verdades demonstradas; a fé é o domínio das verdades reveladas. Averróis considerava que o aristotelismo continha tudo o que um filósofo deveria crer, que coincide com o que se pode demonstrar. Em outras palavras: a verdadeira religião do filósofo é a própria filosofia. Isto é, a religião revelada não é senão um modo imperfeito de aproximação das mesmas verdades para quem não é capaz de se utilizar do caminho da ciência e da demonstração. Há um pensamento comum de que Averróis defendera a dupla verdade: uma religiosa e outra filosófica. Este foi o caminho trilhado pelos averroístas, mas não por Averróis. Para ele, a verdade é uma só. Ele nunca defendeu a dupla verdade, porque considerava que a razão atingiria um conhecimento necessário. Quando ocorre um conflito entre ciência e religião (ou entre razão e fé), ele propõe revisar os procedimentos racionais para descobrir o erro e defender o direito do filósofo de continuar a investigação, mesmo que as conclusões possam ser contrárias aos ensinamentos da fé.

Palavras-chave: Averróis. Razão. Fé.

Paulo César de Oliveira
Doutor em Filosofia. Professor de Filosofia da Universidade Federal de Alfenas-MG.

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ENTRE O ESTRUTURALISMO E A DESCONSTRUÇÃO: UMA REFLEXÃO ACERCA DO PENSAMENTO DE JACQUES DERRIDA EM FORÇA E SIGNIFICAÇÃO
BETWEEN STRUCTURALISM AND DECONSTRUCTION: A REFLECTION ON THE THOUGHT OF JACQUES DERRIDA IN FORCE AND SIGNIFICANCE

Trata-se, neste artigo, de uma análise do processo de desconstrução proposto por Jacques Derrida a partir do estabelecimento de um paralelo entre o pensamento do argelino e o estruturalismo apresentado por Victor Goldschmidt na obra A religião de Platão. Para o desenvolvimento do comentário utilizaremos os textos A escritura e a diferença, Torres de Babel, O monolinguismo do outro e Força de lei, com o objetivo de demonstrar como a desconstrução se dá na obra do filósofo da desconstrução. O texto se divide em três partes, abordando sucessivamente o embate entre o estruturalismo e a desconstrução, bem como o papel da linguagem para a desconstrução e as consequências do pensamento de Derrida para a produção filosófica.

Palavras-chave: Estruturalismo, Desconstrução, Linguagem, Derrida.

Edilamara Peixoto de Andrade
Mestranda em Filosofia pela Universidade Federal de Sergipe – UFS.

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A FILOSOFIA E O FENÔMENO DO SAGRADO: LEO STRAUSS E O PAPEL POLÍTICO DA RELIGIÃO
THE PHILOSOPHY AND THE PHENOMENON OF THE SACRED: LEO STRAUSS AND THE POLITICAL ROLE OF THE RELIGION

O presente artigo pretende compreender, à luz do pensamento filosófico de Leo Strauss, a relação do homem com o sagrado, por meio do desenvolvimento de uma análise histórica acerca de como o homem ocidental estabeleceu modos de lidar com Deus (ou com os deuses), desde as primeiras sociedades até a contemporaneidade. Nosso intuito, com essa abordagem, é evidenciar o papel fundador da religião no terreno da vida humana e da organização da sociedade, corroborando a concepção straussiana segundo a qual existe uma relação essencial entre moralidade e religião. Num segundo momento, procuraremos efetuar uma análise de como as tradições filosóficas e os filósofos abordaram a questão de Deus no contexto do pensamento moderno. Nesse âmbito, desejamos apresentar o impacto das críticas à religião que surgem com o advento da modernidade e o tipo de sociedade que emerge a partir do estabelecimento de valores como o racionalismo, o humanismo e o antropocentrismo.

Palavras-chave: Filosofia, Sagrado, Leo Strauss, Modernidade.

Elvis de Oliveira Mendes
Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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A EDUCAÇÃO COMO DESAFIO E CRÍTICA À CULTURA
EDUCATION AS A CHALLENGE AND CRITICISM OF CULTURE

A proposta deste artigo, como diz o seu próprio título, é refletir sobre a educação. Essa reflexão, no entanto, será fundamentada a partir das ideias de Rousseau, o que significa dizer, em termos gerais, que não se trata de pensar e apresentar um modelo de programa educacional para a sociedade presente, mas sim de desafiar e criticar a cultura de um modo geral.

Palavras-chave: Conhecimento; Natureza; Sociedade; Virtude.

José João Neves Barbosa Vicente
Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

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IDEALISMO, REALISMO E CETICISMO: CONCEPÇÕES DE MUNDOS POSSÍVEIS
IDEALISM, REALISM AND SKEPTICISM: CONCEPTIONS OF POSSIBLE WORLDS

O texto aborda as contribuições do pensamento idealista de Platão, do realismo de Maquiavel e do ceticismo de Montaigne a partir da possibilidade de construção de vários mundos possíveis. Trata-se de uma tentativa de olhar para Filosofia Política e resgatar os pensamentos clássicos da antiguidade à modernidade destacando suas contribuições normativas para a compreensão da vida social. A questão central que se pretende explorar é como esses pensadores clássicos concebem o conhecimento filosófico e qual a determinação que este possui na formulação de suas respectivas teorias políticas. Acredito que o atual momento político que estamos vivendo pode ser mais bem analisado se pensarmos na construção de novas realidades políticas que combinem um desejo idealista, uma atitude realista e em certas circunstâncias um olhar cético.

Palavras-chave: Idealismo, Realismo, Ceticismo e mundos possíveis.

Pâmela S. M. Esteves
Doutora em Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professora Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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MONTAIGNE: A CRÍTICA À NARRATIVA RACIONAL DE DEUS
MONTAIGNE: THE CRITIQUE OF THE RATIONAL NARRATIVE OF GOD

O objetivo deste artigo é examinar os limites da razão, no que diz respeito ao conhecimento de Deus, apontados por Montaigne no ensaio Apologia de Raymond Sebond. Segundo o filósofo, tais limites resultam em um discurso sobre Deus de cunho eminentemente antropomórfico. De forma adjacente, Montaigne aponta a falibilidade da razão humana e o desmesurado e paradoxal orgulho do homem em relação a sua capacidade epistêmica.

Palavras-chave: Deus; Montaigne; Razão; Religião.

Luiz Fernando Pires Dias
Mestre em Ciências da Religião e Bacharel em Filosofia pela PUC-Minas.

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MÉTODO E CAUSALIDADE EM SCHOPENHAUER E KANT
KANT AND SCHOPENHAUER ON METHOD AND CAUSALITY

As filosofias de Schopenhauer e Kant se interconectam em diversos pontos. Meu objetivo é mostrar como boa parte das críticas à filosofia kantiana presentes em O Mundo como Vontade e Representação pode ser mais bem compreendida como uma divergência metodológica. Nesse sentido, sigo a sugestão de Paul Guyer (1999), para quem Schopenhauer produz uma “filosofia transcendental sem argumentos transcendentais”. Com efeito, tentarei mostrar que Schopenhauer aceita o núcleo da filosofia transcendental kantiana, qual seja, o fato de que nosso conhecimento representativo é determinado por espaço, tempo e causalidade; no entanto, o autor fundamenta tais princípios por um método direto, sem recorrer às deduções transcendentais de Kant. Nesse texto, analisarei o modo como os autores fundamentam de modo divergente a lei de causalidade. Com isso, pretendo explicitar a virada metodológica de Schopenhauer como a raiz das diferenças mais amplas entre os dois projetos filosóficos.

Palavras-chave: Schopenhauer; Kant; Método; Causalidade.

Renato Cesar Cani
Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR/CAPES).

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O PSEUDOPROBLEMA DO IDEALISMO SUBJETIVO E OBJETIVO EM HEGEL
THE PSEUDOPROBLEM OF SUBJECTIVE AND OBJECTIVE IDEALISM IN HEGEL

O presente artigo tem como objetivo principal analisar os problemas do idealismo subjetivo e objetivo apontados na dialética hegeliana e, através de seu estudo, demonstrar que, na medida em que se aprofunda a análise da filosofia de Hegel, estes problemas revelam-se como sendo apenas pseudoproblemas, que vão se dissipando ao longo do movimento dialético hegeliano.

Palavras-chave: Idealismo subjetivo, Idealismo objetivo, Dialética hegeliana.

Michele Borges Heldt
Doutoranda em Filosofia pela Unisinos. Bolsista do programa Capes-Prosup.

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Tradução: Carta sobre o tema do Discurso do senhor J.-J. Rousseau sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens

Trata-se de uma edição compilatória das edições do Mercure de France, disponível na web, via “Google Recherche de Livres” https://books.google.fr/. Atestamos que é uma obra de domínio público em efeito da sua antiguidade, conforme assinala a fonte originária: « Ce livre étant relativement ancien, il n’est plus protégé par la loi sur les droits d’auteur et appartient à présent au domaine public ».

André Queiroz de Lucena
Doutorando em Filosofia pela Unifesp.

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