Revista Theoria – 13ª Edição

Considerações sobre o Bem em Platão
CONSIDERATIONS ON THE GOOD IN PLATO

O tema “Sobre o Bem em Platão” objetiva mostrar como a Escola de Tübingen-Milão define a Idéia de Bem (tó Agathón) presente no Diálogo República. Portanto, iremos discorrer sobre: 1) A Idéia de Bem na República; 2) A Idéia de Bem nas Doutrinas não-escritas; 3) A relação entre o Bem e o Uno.

Palavras-chave: Platão. Bem. Escola de Tübingen-Milão. Doutrinas não-escritas.

Maria Celeste de Sousa
Doutora em Filosofia pela PUC-SP e Professora de Filosofia da Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) e da Rede Pública de Ensino do Ceará.

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Tristeza não tem fim; Felicidade, sim?
UM OLHAR SOBRE O DE BEATA VITA DE AGOSTINHO

ON THE AUGUSTINE’S DE BEATA VITA

O presente artigo procura apresentar e analisar o De beata vita de Santo Agostinho, em que o autor se indaga a respeito da natureza da felicidade e da possibilidade humana de alcançá-la.

Palavras-chave: Agostinho de Hipona. De beata vita. Felicidade.

Silvia Maria de Contaldo
Doutora em Filosofia pela PUC-RS. Professora da PUC-Minas.

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Um caminho para a Justiça e a Paz
RAWLS E A JUSTIÇA NA COMUNIDADE NACIONAL

A WAY TO JUSTICE AND TO PEACE.
RAWLS AND JUSTICE ON NATIONAL COMMUNITY

Este trabalho tem como objetivo analisar a contribuição do livro de John Rawls, Uma teoria da justiça (1971), na discussão contemporânea sobre modelos de justiça social. A análise possui duas partes: a primeira vai mostrar a ideia de posição original como o lugar correto para fazer a escolha dos princípios igualitários de justiça. A posição original pode ser o lugar apropriado para fazer as decisões sobre a sociedade, porque as pessoas irão fazer escolhas sob um véu de ignorância que limite o conhecimento sobre a sociedade para a qual eles vão escolher os princípios. Esses princípios de justiça prometem o acesso para iguais liberdades entre as pessoas, e vão ordenar as diferenças na distribuição dos recursos de forma a ajudar toda a sociedade. O segundo ponto desse estudo mostra que são necessárias algumas normas sobre organizações políticas e econômicas para dar aos princípios de justiça a verdadeira aplicação. O uso desses princípios quer preservar a justiça reconhecida como equidade.

Palavras-chave: Sociedade; Estrutura básica; Justiça; Princípios; Equidade.

Paulo César Nodari
Doutor em Filosofia pela PUC-RS. Professor no PPGFIL-UCS da Universidade de Caxias do Sul. Coordena o Projeto de Pesquisa, intitulado: Ética, Direito e Política. O projeto filosófico da paz em Kant. Chances e limites. Gustavo Predebon participou desse projeto de pesquisa enquanto bolsista de iniciação à pesquisa (BIC-UCS), de abril de 2011 a janeiro de 2012, e investigou a contribuição do pensamento de John Rawls ao referido projeto filosófico da paz, tendo a renovação da bolsa de pesquisa (BIC-UCS), de abril de 2012 a janeiro de 2013.

Gustavo Predebon
Graduado em Filosofia na Universidade de Caxias do Sul.

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Conhecimento abstrato e conhecimento intuitivo em Schopenhauer: O alcance da verdade pela supressão da vontade individual
ABSTRACT KNOWLEDGE AND INTUITIVE KNOWLEDGE IN SCHOPENHAUER: THE ATTAINMENT OF TRUTH BY SUPPRESSING INDIVIDUAL WILL

Este artigo pretende mostrar que o alcance da verdade última, para Schopenhauer, reside na passagem do conhecimento abstrato ao conhecimento intuitivo. Nessa transição, ocorre uma transformação radical do sujeito cognoscente, que se liberta de sua individualidade e de sua vontade, elevando-se da condição de sujeito empírico à condição de sujeito transcendental.

Palavras-chave: Schopenhauer, conhecimento abstrato, intuição, mundo, vontade.

Fabiano Victor de Oliveira Campos
Doutorando e Mestre em Ciências da Religião pela UFJF, com tese e dissertação na área de Filosofia da Religião. Especialista em Temas Filosóficos pela UFMG. Graduado em Filosofia pela PUC-Minas. Professor substituto de Filosofia e Cultura Religiosa da PUC-Minas.

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Kant, Educação e Ensino da Filosofia
KANT, EDUCATION AND TEACHING OF PHILOSOPHY

Este artigo tem por objetivo analisar alguns dos problemas relacionados ao tema do ensino da filosofia no confronto com o pensamento de Immanuel Kant. Assim, será abordada, num primeiro momento, a problemática do ensino da filosofia em nossos dias. Destacar-se-á a relevância de um problema tão antigo e tão novo: aprender filosofia ou aprender a filosofar? Ato contínuo, será evocado o pensamento kantiano no que concerne à educação e ao ensino da filosofia. Será dado destaque aos principais conceitos da pedagogia kantiana, como a necessidade da educação, educação como arte, disciplina e moralidade. Também será analisada a opinião de Kant, segundo a qual não se pode aprender filosofia, mas, apenas, a filosofar. Por fim, algumas reflexões conclusivas terão o interesse de lançar, a partir de Kant, algumas luzes para as questões do ensino filosófico.

Palavras-chave: Kant. Pedagogia. Educação. Ensino da Filosofia.

Elton Cândido Ribeiro
Mestrando em Filosofia pela PUC-SP

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Foucault e a educação libertária: por uma escola transformadora da sociedade
FOUCAULT AND LIBERTARIAN EDUCATION: SCHOOL FOR THE TRANFORMATION OF SOCIETY

Neste trabalho, partindo das considerações de Foucault sobre os mecanismos de saber-poder solidificados na modernidade e retomando as bases do pensamento político-pedagógico libertário, procuramos realizar uma crítica à instituição escolar considerando-a como instituição de seqüestro, instrumento de manutenção do status quo social que visa formar um determinado tipo de sujeito assujeitado ao sistema social capitalista dominante por meio da educação. Uma educação fragmentada, do tipo bancária, com conteúdos e métodos impostos de fora, baseada na hierarquia e na autoridade, na vigilância e na punição, que desconsidera a liberdade e potencialidade do sujeito formar a si mesmo. Foucault resgata o conceito de cuidado de si dos antigos gregos como forma de o sujeito formar a própria vida como uma obra de arte, conceito que pode ser deslocado proveitosamente para o campo educacional. O anarquismo, de seu lado, aposta numa educação que também parta do próprio sujeito autônomo que toma em suas mãos o projeto de se formar integralmente livre de coerções externas. Ambas as propostas se ligam por meio da prática da liberdade, base tanto da estética da existência foucaultiana quanto do projeto anarquista de transformação social. Desse modo, mostramos como tanto o pensamento foucaultiano quanto o libertário podem constituir uma base comum para uma pedagogia transformadora do sujeito e da sociedade.

Palavras-chave: Foucault e a educação. Educação libertária. Anarquia e escola.

Benedito Fernando Pereira
Mestrando em Ciências da Linguagem e Licenciado em Letras pela Universidade do Vale do Sapucaí. Bacharel em Filosofia e Especialista em Ensino de Filosofia pela Faculdade Católica de Pouso Alegre.

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O filósofo e seu percurso ético no Fédon
THE PHILOSOPHER AND HIS ETHICAL JOURNEY ON THE PHAEDO

O escopo deste trabalho é abordar o percurso ético-cognitivo necessário para a efetivação do papel do filósofo presente no Fédon, um dos diálogos mais famosos de Platão, levando em consideração novas concepções decorrentes de um já conhecido embate hermenêutico proveniente do altíssimo quilate literário do texto referido. Na presente abordagem, o sensível não ocupa um local pejorativamente secundário e diminuto, constituído de cópias imperfeitas e fonte de enganos, passando, com isso, a exercer uma função de relevância fundamental na construção da filosofia platônica, sendo, portanto, o âmbito da efetivação do exame e do exercício dialético. Aqui, nossa intenção é abordar tal concepção, que engloba tanto o plano sensível quanto o inteligível, fazendo, desta maneira, necessária alusão à incessante busca dialética socrático-platônica, onde a práxis e a conduta ética do indivíduo são fatores imprescindíveis para que ocorra o importantíssimo salto epistêmico rumo a um conhecimento mais verdadeiro e essencial que constituirá o verdadeiro caráter do amante da sabedoria.
Palavras-chave: Platão; Filosofia Clássica; Fédon.

Palavras-chave: Platão; Filosofia Clássica; Fédon.

João Paulo Miranda
Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará.

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A consciência na fenomenologia Husserliana
THE CONSCIOUSNESS IN THE HUSSERLIAN PHENOMENOLOGY

Este artigo analisa o papel fundamental da consciência na construção da teoria fenomenológica de Edmund Husserl. Divide-se em quatro partes: na primeira apresentamos o questionamento central e as bases da teoria fenomenológica de Husserl; no segundo momento analisa a temática da consciência e sua relação com a intencionalidade para no terceiro momento analisar as relações da mesma com o mundo nos aproveitando de uma breve analise de suas Meditações Cartesianas que analisamos na ultima parte.

Palavras-chave: Consciência. Fenomenologia. Husserl. Intencionalidade.

Luis Carlos Ribeiro Alves
Mestrando em Educação na Universidad Del Salvador (Argentina); Professor da Faculdade Kyrios (FAK) e do Instituto de Formação e Educação Teológica – IFETE e da Rede Pública de Educação do Estado do Ceará – Brasil. Especialista em Ensino de Filosofia.

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Contribuições para se pensar sobre a educação na contemporaneidade a partir de Wittgenstein
WITTGENSTEIN’S CONTRIBUITIONS TO THINK ABOUT EDUCATION IN THE CONTEMPORARY AGE

Os séculos XIX e XX são reveladores de uma autonomia potencializada de risco, próprio de uma racionalidade hierarquizada, a saber, mais próxima de uma técnica mercadológica e da manipulação das coisas, do que propriamente do homem autoconsciente, emancipado. Dentro desse contexto podemos destacar a Virada Linguística que é, sem dúvida, uma temática decisiva de tal crítica. Refletir sobre os traços característicos dessa nova racionalidade é o objetivo desse trabalho. A concepção pragmática da linguagem como disposta pelo último Wittgenstein que pergunta: de que vale toda ciência e toda filosofia, se não estiverem a serviço do homem todo, se não estiver a serviço de todos os homens? A pragmática vista sob essa ótica não deixa de ser uma referência pertinente para os debates a respeito da Educação na contemporaneidade. Neste âmbito, a identificação de significado e uso, é possibilitada pelas categorias de análise: jogos de linguagem e formas de vida – categorias que vão ser o cerne da Filosofia Terapêutica. Assim, sendo, mudar essa tendência de procurar definições com caráter absoluto, mesmo que plurais, é uma mudança de perspectiva, do modo de ver os problemas. E, é nessa mudança que se pode pensar a educação, livre de intervenções criadoras de situações fictícias para o uso de nossas expressões e comportamentos linguísticos.

Palavras-chave: Educação, Significado, Filosofia Terapêutica.

Mauricio Silva Alves
Mestrando em Filosofia pela PUC-PR.

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Eutanásia: O direito de morrer?
EUTHANASIA: THE RIGHT TO DIE?

Este estudo pretende esclarecer as principais dúvidas a respeito da eutanásia, através de uma análise simplifi-cada e particular. Sendo que a eutanásia não é um problema novo, nem recente, já que a mesma tem sido praticada desde a antiguidade. Todavia, esta continua a ser um problema chocante no limiar do século XXI, por todas as interrogações que se levantam no plano ético, moral e jurídico, e quanto mais se clama pelos direi-tos do homem e pelo direito a vida. Seja por julgar que se deve preservar a vida como um dom de Deus, ou por entender que se tem que fazer jus a dignidade humana, há quem defenda que toda vida merece ser vivida. Ora, tomar a vida como um dom supremo, não só implica em proibir a eutanásia, impedindo o paciente de por fim ao seu sofrimento como também aderir a distanásia, impondo a ele sofrimentos ainda maiores. O direito de morrer se basearia no princípio de autonomia, toda pessoa tem o direito de tomar decisões acerca da própria vida; é capaz de decidir o que ela quer fazer e o que quer que outros lhe façam, não cabe a lei vir tolher tal direi-to, nem limitar sua liberdade.

Palavras-chave: Eutanásia; Direito de Morrer; Religião; Utilitarismo, Moralidade.

Diogo Edilton Bernardino
Pós-graduando em Educação Musical e Ensino de Artes pelo Instituto Cotemar. Bacharel em Filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

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Tradução: Sobre a linha divisória entre a teoria do direito natural e o positivismo jurídico

BIX, Brian. “On the Dividing Line Between Natural Law Theory and Legal Positivism”, Notre Dame Law Review, Vol. 75 p. 1613–24: 2000.

Lucas Miotto
Mestrando em Teoria do Estado e Direito Constitucional da PUC-Rio e graduado em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto. O tradutor agradece ao autor por ter permitido a tradução e à © Notre Dame Law Review, University of Notre Dame pela autorização dos direitos de cópia. Quaisquer erros no processo de tradução são de responsabilidade única e exclusivamente do tradutor.

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