Edição 06/2011

O Transcendental em Kant

O objetivo desse artigo é estudar a categoria de transcendência em Kant. Categoria esta que procura resolver as antinomias entre fenômeno e entendimento, bem como entre o sensível e o juízo de gosto. O campo transcendental tem sido objeto de análise em diversos filósofos contemporâneos, como Deleuze e Habermas, entre outros. Daí sua importância para o pensamento Pós-moderno.

Palavras-chave: Idealismo, Moral, Razão, Transcendência.

Dagmar Manieri
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor Adjunto de História (Teoria da História) da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

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Um olhar sobre o estudo dos Seres Vivos na Idade Média: Temas Fundamentais na Filosofia da Natureza

Não se pode falar da Biologia como ciência que estuda os seres vivos antes do século XIX. Porém, desde a antiguidade os animais, plantas e o próprio ser humano fazem parte do universo de preocupação das sociedades, constituindo-se uma base de conhecimentos sobre os seres vivos. Na Idade Média, isto também pode ser identificado. Assim o objetivo deste trabalho é apresentar informações que subsidiem uma compreensão geral sobre como o conhecimento dos seres vivos foi se constituindo ao longo deste período, observando a influência que o contexto histórico e a visão de mundo (de Natureza) têm neste processo de entendimento da realidade. Procura-se, apresentar um panorama geral sobre o período, ressaltando três aspectos: o modo com o qual os filósofos da época enxergavam a natureza, como os seres vivos eram inseridos neste olhar e, qual era o contexto histórico no qual tal olhar era elaborado. Embora não existiu na Idade Média a ciência Biologia, mas uma filosofia da natureza, neste período se configura alguns temas que nos séculos seguintes serão objetos de investigação desta, tais como: a estrutura, os processos, as interações dos seres vivos entre si e com o meio, suas variações e transformações.

Palavras-chave: Filosofia da Idade Média; Filosofia e Biologia.

Antônio Fernandes Nascimento Júnior
Doutor em Ciências (USP-Ribeirão) e em Educação para a Ciência (UNESP-Bauru). Membro do Grupo de Pesquisa em Educação Científica.

Daniele Cristina de Souza
Doutoranda em Educação para a Ciência (UNESP-Bauru). Membro do Grupo de Pesquisa em Educação Científica.

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Os Limites do Conceito e a Intagibilidade da Pessoa Humana no Sistema Filosófico de Hegel

O propósito enciclopédico-filosófico de Hegel, o de sistematização da representação pela razão finita pelo instrumental de dupla negação, designa o real sem pretender esgotá-lo segundo num esquema subjetivo conceitual. Por conseguinte, às relações normativas regidas pela ciência filosófica do direito, o sujeito não pode ser desvelado ou totalizado pelo discurso. É isso que Hegel, segundo nossa leitura, denota pela figura do “homem em geral”, uma omnitude intangível que permanece para além da determinação jurídica e recebe do Estado o seu cultivo.

Palavras-chave: Hegel; Filosofia; Direito; Homem em geral.

Sergio Portella
Doutorando em Filosofia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Editor da Revista Controvérsia.

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Entre o Pensar e o Educar

O artigo propõe olhar para a prática educativa a partir das lentes da Filosofia, visando a problematizar as noções que temos de pensar e educar, bem como perceber relações entre elas, em busca de apontar caminhos para um pensar reflexivo que seja, ao mesmo tempo, meio e fim da prática docente.

Palavras-chave: Filosofia. Educação. Pensamento reflexivo.

Juliano de Almeida Oliveira
Mestre e Doutorando em Filosofia pela PUC-SP. Professor da Faculdade Católica de Pouso Alegre.

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A Arte e a Estética em Hegel: Reflexões Filosóficas sobre a Autonomia e a Liberdade Humana

A discussão, de cunho teórico, do presente artigo centra-se na reflexão sobre a liberdade e a autonomia humana, enquanto finalidades postuladas para a atividade artística, na visão de Georg Wilhelm Friedrich Hegel. O aporte teórico da escritura refere-se à compreensão de obras sobre arte do próprio autor e de estudos especializados na estética hegeliana. A metodologia adotada refere-se ao estudo de cunho teórico sobre a arte enquanto área de conhecimento humano, forma de expressão e emancipação da sensibilidade humana. Ao longo do texto, são apresentados argumentos acerca da liberdade do ser e da autonomia no processo de criação artística, com base na filosofia da arte de Hegel. O estudo na área da estética destina-se a contribuir para a discussão nos campos da filosofia, estética, arte e educação. O estudo percor

Palavras-chave: Autonomia. Liberdade. Estética.

Cilene Nascimento Canda
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Artes e Cênicas da Universidade Federal da Bahia. Professora Assistente do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

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A Postura do Positivismo com relação às Ciências Humanas

Neste artigo tentaremos mostrar como o movimento positivista tratou a relação entre as ciências humanas e as ciências naturais, especificamente, através dos filósofos Auguste Comte e John Stuart Mill, que tiveram um papel decisivo no modo como as ciências humanas vieram a ser posteriormente abordadas. Comte na sua obra Curso de filosofia positiva (1842) defende a idéia de uma unidade metodológica das ciências, de modo que o método positivo poderia ser empregado não só pelas ciências naturais, mas podendo ser estendido ao estudo dos fenômenos humanos e sociais. Mill, por sua vez, em sua obra Sistema de lógica dedutiva e indutiva (1843), no capítulo intitulado “A lógica das ciências morais”, tentou fornecer às ciências humanas, por ele chamadas “ciências morais”, uma fundamentação de caráter positivo. A idéia básica por ele sustentada é que as ciências morais não detêm uma lógica própria, mas empregam aquela já utilizada pelas ciências naturais, de modo que elas seriam apenas uma parte destas últimas, visando nada mais do que conhecer as regularidades dos fenômenos humanos.

Palavras-chave: Auguste Comte, J. Stuart Mill, Positivismo, Ciências Humanas.

Ana Rute Pinto Brandão
Mestre em Filosofia pela UFPB e Professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

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O Século do Outro: Uma interface com o século XX

A presente investigação intenta apontar para o século XX como horizonte no qual irrompe a questão da intersubjetividade no âmbito da filosofia. Para tal, será percorrido o processo de instituição do subjetivismo, que remete à Modernidade, de modo a culminar no século XX, assinalado como o século do outro. A referência ao pensamento dos grandes expoentes desse século irá garantir o embasamento formal do que pretendemos apontar, a saber, a amplitude tomada pela questão da intersubjetividade, agora centro das investigações.

Palavras-chave: Intersubjetividade, Filosofia Contemporânea, Século XX.

José João Neves B. Vicente
Mestre em Filosofia pela UFG. Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

José Reinaldo F. Martins Filho
Graduado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia Santa Cruz – Sedes Sapientiae. Membro adjunto da Sociedade Brasileira de Fenomenologia.

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A Crítica comunitarista de Alasdair Macintyre ao Liberalismo de John Raws

O presente trabalho tem como objetivo uma análise do debate ético e político a partir da crítica comunitarista ao liberalismo empreendida pelo filósofo escocês, radicado americano, Alasdair MacIntyre. O ponto de partida adotado será a teoria da justiça como equidade de John Rawls como preocupação pela elaboração de uma sociedade justa, a partir de direitos fundamentais compartilhados igualmente por cada individuo, indiferente a qualquer concepção de vida “boa”. O segundo ponto constitui a teoria comunitarista de MacIntyre, sua crítica a ausência de fundamentos que justifiquem a vida ética e política moderna, por fim, a conclusão que se pode obter a partir deste debate.

Palavras-chave: Corpo, Alma, Fisiologia, Instinto.

Laécio de Almeida Gomes
Mestrando em Ética e Epistemologia da Universidade Federal do Piauí.

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Nietzsche e a polêmica em torno da Grande Política: Por uma Ética de superação do Niilismo.

A história das interpretações políticas da obra de Friedrich Nietzsche sempre se mostrou polêmica e conturbada já nas primeiras repercussões de suas idéias. Como se não bastasse a ingrata apropriação de seu pensamento por parte do nacional-socialismo, diversos foram ainda os leitores de Nietsche que o rotularam como pensador a-político, irracionalista ou então como um defensor nostálgico de um aristocratismo tirânico na política. Tomando em diálogo as críticas desenvolvidas por Keith Ansell-Pearson como um exemplo deste último tipo de leitura, buscaremos delinear uma interpretação da Grande Política enquanto possibilidade de superação do niilismo. A partir do diagnóstico do próprio filósofo acerca do niilismo no ocidente, procuraremos distinguir dois sentidos distintos que a expressão Grande Política assume nos seus escritos: em primeiro lugar enquanto crítica ao modelo predominante de política na Alemanha de sua época e em seguida como um projeto de instauração de um espaço de conflito agonístico entre perspectivas, o qual, por sua vez, mostra-se como um campo de pensamento extremamente fecundo no que diz respeito à possibilidade de superação do niilismo.

Palavras-chave: Intersubjetividade, Filosofia Contemporânea, Século XX.

José João Neves B. Vicente
Mestre em Filosofia pela UFG. Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

João Paulo Simões Vilas Bôas
Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná. Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná.

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Nietzsche: O discurso de Zaratustra contra os Desprezadores do Corpo

No discurso Dos desprezadores do corpo da obra Assim falou Zaratustra se centraliza a crítica nietzscheana à concepção de homem dos metafísicos, os quais, lá, desde Platão, compreenderam a natureza humana como um composto de alma e corpo. Enquanto a alma foi tomada como eterna, verdadeira, boa, pura, o corpo passou a ser um empecilho perecível, causador de sofrimento aos homens. Portanto, era necessário livrar-se do corpo, ou seja, dos desejos, paixões e instintos para que pudéssemos alcançar a felicidade. É contra a tradição metafísica, ou seja, os desprezadores do corpo, que o discurso de Zaratustra combaterá a postura da afirmação da alma como o triunfo sobre o corpo ou como a natureza mais elevada do homem a favor da valorização do corpo e dos instintos. Contudo, o conceito de corpo/Selbst na filosofia nietzscheana assume um novo caráter: a luta dos impulsos e tendência de crescimento de potência. Concebendo o corpo enquanto multiplicidades de impulsos que lutam entre si por mais potência, o filósofo, por via da personagem fictícia de Zaratustra, dissolverá a dualidade corpo/alma e todo tipo de negação da vida desmascarando tais posturas, as quais escondem em suas valorações sintomas fisiológicos de doença.

Palavras-chave: Corpo, Alma, Fisiologia, Instinto.

Felipe Renan Jacubowski
Mestrando em Filosofia pela UNIOESTE, Campus de Toledo-PR.

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