A Filosofia De Deleuze é uma Filosofia dos Mundos Impossíveis?
IS THE DELEUZE´S PHILOSOPHY A PHILOSOPHY OF THE IMPOSSIBLE WORLDS?
O artigo trata da problematização da filosofia de Deleuze a partir da noção de mundos impossíveis. Sua filosofia ao pressupor que todos os mundos possíveis devem fazer parte do mesmo mundo ou a sua tentativa de inclusão e coexistência de todos os mundos em um mesmo mundo é uma filosofia dos mundos impossíveis?
Palavras-chave: Deleuze, mundos impossíveis, mundos possíveis, arte, virtual, Leibniz.
Jairo Dias Carvalho
Doutor em Filosofia pela UFMG. Professor do Programa de Mestrado em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia.
Como Resolver O Problema da Indução
HOW TO SOLVE THE PROBLEM OF INDUCTION
Nesse artigo é inicialmente feita uma breve reconstrução do problema humiano da indução. Essa reconstrução é seguida de uma exposição crítica de algumas importantes tentativas de solucioná-lo. No final é sugerida, em seus traços gerais, uma nova e supostamente mais plausível forma de solução-dissolução analítico-conceitual para o problema.
Palavras-chave: análise, epistemologia, Hume, indução.
Claudio Ferreira Costa
Doutor em Filosofia. Professor Associado do Departamento de Filosofia da UFRN.
Natureza, Cultura, Tecnologia e Arte
NATURE, CULTURE, TECHNOLOGY AND ART
O ensaio a seguir se propõe relacionar os quatro aspectos elencados no título para refletir sobre o papel da tecnologia no desenvolvimento da arte. O texto busca apresentar a tecnologia como manifestação que permeia diversas culturas e remete-se mesmo à natureza humana. Os conceitos apresentados esperam dar conta de explicar tal processo sem a tradicional dicotomia cartesiana entre natureza e cultura, e entre razão e emoção. A profundidade do questionamento sobre a tecnologia feita por H. Maturana possibilita o encontro com as idéias de M. Heidegger sobre o papel dessa tecnologia para o desenvolvimento humano e da natureza como um todo. A cultura então pode ser entendida como ambiente construído pelo homem em seu viver. E a arte, ou a possibilidade estética, encontra em tal descrição uma função central. Para os dois filósofos citados a arte parece de fato possibilitar a continuação do desenvolvimento de uma cultura e a saída para sua não estagnação.
Palavras-chave: Arte e tecnologia; estética naturalizada; enacionismo.
André Luiz Gonçalves de Oliveira
Mestre em Filosofia pela UNESP e Doutorando em Arte pela UnB. Professor da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.
A Concepção Educacional de Tomás de Aquino: Um Estudo do De Magistro
THE THOMAS AQUINAS´ EDUCATIONAL CONCEPTION: A STUDY OF THE DE MAGISTRO
O presente artigo discorre sobre a concepção educacional desenvolvida por Tomás de Aquino (1224/25–1274) em sua obra intitulada De Magistro (Sobre o Mestre) ou Sobre o ensino. Deste modo, após a exposição sucinta do conteúdo geral do De Magistro, ressalta-se, a partir da referida obra, a compreensão de ensino desenvolvida pelo Doctor Angelicus e o papel exercido pelo aluno dentro do processo de ensino/aprendizagem, como ainda a missão própria do professor na práxis educacional.
Palavras-chave: Tomás de Aquino – De Magistro – Educação – Professor – Aluno.
Rodrigo Aparecido de Godo
Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
A Estética e o Olhar Sub Specie Aeterni na Filosofia do Jovem Wittgenstein
THE PHILOSOPHER AND HIS ETHICAL JOURNEY ON THE PHAEDO
A questão estética figura entre os elementos menos estudos no pensamento wittgensteiniano. Porém, estudos recentes apontam para a importância da temática para uma correta interpretação da atividade filosófica do autor vienense. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo analisar o espaço que a estética ocupa na filosofia do jovem Wittgenstein. No Tractatus a estética surge indiretamente e rompe de maneira surpreendente dentro do aforismo 6.421, o qual afirma que “ética e estética são um”, em seguida a única coisa que resta é o silêncio.Ainda assim, aproximando esta leitura a leitura dos Diários, é possível estabelecer relações e compreender qual seja o espaço que a estética ocupa neste primeiro momento na obra do autor. É desta confluência (entre Tractatus e Diários), que a questão estética recebe luz. Nestes primeiros escritos, quando Wittgenstein emprega o termo
estética, está se referindo a um modo específico de olhar. Trata-se de ver e de contemplar o mundo como uma verdadeira obra de arte. Segundo o filósofo, só é possível ver o mundo como obra de arte se ele for visto de uma maneira particular, ou seja, sub specie aeterni (sob a forma do eterno). Trata-se de captar e contemplar o mundo a partir do exterior, fora do tempo e do espaço, o que possibilita uma transformação na maneira de ver. Isso corresponde a dizer que o ponto de vista estético se atinge mediante um distanciamento dos objetos em geral, uma interrupção temporal, cuja finalidade consiste na abolição de todo o mecanismo conceitual que sobre eles pesa enquanto objetos do entendimento. O resultado desta atitude é a felicidade, pois, segundo as considerações de Wittgenstein, “é assim o mundo do homem feliz”.
Palavras-chave: Estética. Olhar. Mundo. Transformação.
Edimar Inocêncio Brígido
Mestrando em Filosofia pela PUCPR. Professor de Filosofia e Ética no Centro Universitário UNICURITIBA.
O Fetichismo Marxiano
THE MARXIAN FETISHISM
O presente artigo tem como objetivo descrever o fetichismo marxiano em seus aspectos “objetivo” e “subjetivo”. Para isso, seguirei a exposição de Karl Marx (1818-1883) em O Capital (1867) no qual ele descreve, num primeiro momento, o conceito de mercadoria para em seguida descrever o fetichismo da mercadoria. Além disso, descreverei como o termo fetichismo é tratado em seu aspecto “subjetivo” na obra de Marx os Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844. Mediante essa descrição, tento sugerir os seguintes aspectos gerais do fetichismo marxiano: [1] Há uma ênfase em demonstrar a sua manifestação mais na produção, ou no que eu denominei de aspecto “objetivo” do fetichismo, do que no consumo. [2] Há uma menção, não muito explícita, da manifestação dele na consciência das pessoas ou no que eu denominei de aspecto “subjetivo” do fetichismo. [3]
Ele está vinculado à ideia de “naturalização”. [4] Ele configura-se num tipo de teoria econômica fetichizadacontraposta a uma teoria econômica dialética do valor.
Palavras-chave: Fetichismo; Mercadoria; Fetichismo da Mercadoria; Karl Marx; Teoria do Valor.
Fábio César da Silva
Mestre em Estética e Filosofia da Arte pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Minas Gerais, Brasil.
Dignidade Humana em Kant
HUMAN DIGNITY IN KANT
O artigo tem por objetivo apresentar alguns elementos gerais da filosofia moral kantiana para em seguida defender a tese de que o fundamento da dignidade humana está na capacidade do indivíduo de propor-se fins e não na sua capacidade de autonomia. Para tanto propõe-se uma leitura mais ampla da teoria de Kant buscando elementos, muitas vezes ignorados, na interpretação do filósofo alemão.
Palavras-chave: Dignidade humana, Kant, pessoa, respeito.
Lucas Mateus Dalsotto
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) na Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Odair Camati
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) na Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Virtudes Epistêmicas na Epistemologia de Alvin Plantinga
EPISTEMIC VIRTUES IN ALVIN PLANTINGA’S EPISTEMOLOGY
Este artigo investiga o papel que virtudes epistêmicas desempenham na epistemologia de Alvin Plantinga e em que medida a teoria da função própria de Plantinga pode ser considerada como estando inserida no campo da epistemologia da virtude. Procura-se realizar esse objetivo através de comparação entre o papel que virtudes epistêmicas desempenham em sua teoria do conhecimento com o papel que elas desempenham nas epistemologias de Ernest Sosa e Linda Zagzebski, cujos modelos de epistemologia da virtude são exemplos paradigmáticos das versões confiabilista e responsabilista, respectivamente.
Palavras-chave: Alvin Plantinga; Ernest Sosa; Linda Zagzebski; Epistemologia da Virtude; Virtudes
Epistêmicas.
Felipe Mendes Sozzi Miguel
Mestrando em Filosofia pela PUCRS.
O Lugar da Metáfora
THE PLACE OF METAPHOR
O presente trabalho versa sobre o papel da metáfora no pensamento do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
Inicialmente abordada aqui na sua relação com a verdade, a metáfora se destaca de uma função meramente ornamental no texto, e, ao mesmo tempo em que procura colocar-se numa relação de tensão com o pensamento tradicional da Filosofia, busca, a partir do lugar que lhe foi concedido como ornamento em certa medida dispensável e do movimento de afastamento que realiza ao distanciar-se da noção de verdade, a metáfora investiga novas perspectivas e forja novas formas do pensamento.
Palavras-chave: Nietzsche, Metáfora, Linguagem, Genealogia, Verdade.
Guilherme Lanari Bó Cadaval
1Graduado e Mestrando em Filosofia pela UFRJ. E-mail: guilherme.bo@gmail.com.
Tradução: Condicionais
Conditionals
Considere uma sentença no modo indicativo adequada para fazer uma afirmação: “Nós estaremos em casa por volta das dez”, “Tom preparou o jantar”. Ligue uma cláusula condicional a ela, e você terá uma sentença que faz uma afirmação condicional: “Nós estaremos em casa por volta das dez se o trem chegar na hora”, “Se Mary não preparou o jantar, Tom preparou”.
Matheus Silva
Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Survey of Metaphysics
LOWE, E. J. A Survey of Metaphysics. Oxford: Oxford University Press, 2002, 416 pp.
Pedro Merlussi
Mestrando em Lógica e Epistemologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Bacharel em Filosofia
pela Universidade Federal de Ouro Preto.

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